Proteção Começa em Casa: A Importância da Educação Sexual na Prevenção de Abusos Sexuais
- ranioralmeida
- 4 de ago.
- 2 min de leitura
por: Aline Kadija e karina Paloma

Falar sobre educação sexual infantil ainda é um tabu em muitas famílias brasileiras. O receio de expor as crianças a temas considerados “adultos” faz com que pais e responsáveis deixem de abordar assuntos essenciais para a proteção da infância. No entanto, especialistas alertam: ensinar sobre autocuidado, consentimento e limites do corpo é uma das formas mais eficazes de prevenir abusos sexuais.
De acordo com dados do Disque 100, o número de denúncias de violações de direitos humanos envolvendo crianças e adolescentes aumentou significativamente entre 2023 e 2024.

De forma sensível e adequada para cada idade, a educação sexual infantil é uma ferramenta de proteção. Para a psicóloga Yasmin Leitão, esse tipo de diálogo não estimula a sexualização precoce, como muitos temem, mas sim, ajuda a criança a reconhecer situações de risco e a pedir ajuda quando necessário.
“A educação sexual é uma estratégia importante para que a gente interrompa círculos de violência. Então, através do diálogo adequado para cada faixa etária, os pais conseguem ensinar para a criança sobre o corpo, sobre a importância de limites e de consentimento”, explica.

Ela também destaca que as conversas precisam incluir orientações práticas, como o fato de que, em algumas situações, a criança pode precisar de ajuda de adultos com higiene, mas que isso deve sempre ocorrer com a supervisão e autorização dos pais.
A ausência de diálogo abre espaço para o aliciamento, que muitas vezes acontece dentro do próprio círculo de confiança da família. Segundo o conselheiro tutelar Franco Rocha.
“Geralmente, na grande maioria das vezes, esse pedófilo é uma pessoa que, em determinado momento, criou-se uma relação de confiança e de amizade com a família. Por isso, que nós orientamos que os pais fiquem atentos para quem se aproxima dos seus filhos”

Franco Rocha, reforça que a responsabilidade de orientar e proteger é, antes de tudo, da família.
“Nós sabemos que é imprescindível que o pai e a mãe possam criar um diálogo de confiança com a criança ou com o adolescente e explicar de forma bem clara, respeitando a faixa etária, o que significa abuso sexual, o que significa estupro de vulnerável, o que significa um aliciamento sexual.”
Em casos de suspeita de abuso, o Conselho Tutelar orienta que qualquer cidadão denuncie imediatamente.



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