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Movimento e Esperança: Como a fisioterapiamelhora a vida de quem tem Parkinson

Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


Por: Aline Kadija e Karina Paloma

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Maria do Socorro e Luan do Nascimento durante exercícios para mobilidade. Foto: Karina Paloma de Abreu


Entre os sintomas mais comuns da doença de Parkinson estão a lentidão nos movimentos, tremores e dificuldades de equilíbrio. Segundo dados de 2023 do, Governo Federal, cerca de 4 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença, sendo aproximadamente 200 mil no Brasil


Para muitos, a fisioterapia se torna uma aliada essencial no tratamento, proporcionando não apenas melhorias na mobilidade, mas também um aumento significativo na qualidade de vida. Este é o caso de Dona Maria do Socorro, uma mulher de 67 anos que, após ser diagnosticada com Parkinson em 2022, encontrou na fisioterapia uma forma de enfrentar os seus desafios diários.


Dona Maria começou a perceber os primeiros sintomas quando notou que seus passos estavam mais lentos e que tinha dificuldades em realizar tarefas simples, como cortar alimentos. A busca por um diagnóstico foi um passo crucial em sua melhora.



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Maria do Socorro. Foto: Karina paloma de Abreu


A fisioterapia, segundo Dona Maria, é essencial. Ela relata que, após iniciar as sessões, conseguiu melhorar sua qualidade de sono e realizar atividades cotidianas, mesmo que devagar. 


“A maior conquista é poder viver cada dia. Hoje eu consigo dormir bem, me levanto melhor, eu consigo fazer minhas coisas devagarinho, mas consigo. Apesar de perder as forças ao longo do tempo por conta da doença, fazer estas coisas já é uma conquista”, diz, destacando a importância de se adaptar e buscar ajuda.


No entanto, ela também enfrenta desafios, como a dificuldade em tomar banho e a falta de compreensão de algumas pessoas sobre sua condição. “Às vezes, as pessoas não sabem o que é que a pessoa tem e julgam quando eu entro em uma fila preferencial, por exemplo”, lamenta.


Para entender melhor o papel da fisioterapia no tratamento da doença de Parkinson, conversamos com Luan do Nascimento, fisioterapeuta e filho de Dona Maria. Ele explica que os principais sintomas observados nos pacientes incluem tremores, marcha arrastada e dificuldades de deglutição. 


“A fisioterapia vai promover uma melhor mobilidade e uma diminuição das sequelas deixadas pelo Parkinson.”, afirma Luan. Ele destaca que, embora a doença não tenha cura, a fisioterapia pode devolver uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

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Luan do Nascimento, Fisioterapeuta. Foto: Karina Paloma de Abreu

Luan utiliza diversas técnicas em suas sessões, como alongamentos, mobilização articular e exercícios específicos para melhorar a marcha e a coordenação motora.


“Esses exercícios vão promover uma melhora na qualidade de vida do paciente parkinsoniano, ou seja, eles consistem em estimular atividades diárias, como, escovar os dentes, pentear o cabelo, passar sabonete”, explica. Ele também ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar, que inclua médicos e psicólogos, para ajudar os pacientes e suas famílias a aceitarem a condição e a lidarem com os desafios que ela impõe.


Maria do Socorro realizando exercícios fisioterápicos. Vídeo: Karina paloma de Abreu.


A aceitação da doença é um dos maiores desafios enfrentados, tanto pelos pacientes quanto por seus familiares. “Observar os sinais e procurar ajuda médica o mais rápido possível é fundamental”, aconselha Luan. Ele enfatiza que a informação é uma ferramenta poderosa e que, com o conhecimento adequado, é possível enfrentar a doença de forma mais tranquila.


Estimativa para 2026


Um estudo inédito realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) estima que mais de 500 mil brasileiros com 50 anos ou mais convivem atualmente com a Doença de Parkinson. 


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Gráfico gerado por inteligência artificial com os dados fornecidos pelo Governo Federal e do estudo da UFRGS.


Segundo a pesquisa, esse número pode mais que dobrar até 2060, ultrapassando 1,2 milhão de casos. Alertando a população sobre a atenção redobrada nos sintomas mais comuns.


 
 
 

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