Férias escolares: os desafios dos pais e a colônia de férias como rede de apoio.
- ranioralmeida
- 16 de jul
- 3 min de leitura
Pais sentem dificuldades em conciliar o trabalho e cuidado com os filhos neste mês de julho.
Por: Por Kayla Silva
Com a chegada das férias escolares, muitos pais enfrentam uma série de desafios. Enquanto as crianças descansam, os responsáveis precisam encontrar alternativas para conciliar o trabalho e as férias, sem comprometer a rotina profissional.
Nem todos conseguem tirar férias no mesmo período dos filhos, o que leva muitos responsáveis a buscarem apoios de vizinhos, familiares ou a contratação de colônias de férias.
Paula Costa, trabalhadora autônoma e mãe de uma criança de 2 anos, conta que precisou pedir ajuda de uma amiga para cuidar do seu filho durante esse mês:
“Neste momento estou sem nenhum familiar disponível. Meu marido está viajando à trabalho, minha irmã também trabalha, então fiquei sem opções. Recorri a uma amiga para cuidar do Joaquim”, relata Paula.

Situação parecida vive Jan Dwan, mãe de duas crianças, uma de 1 ano e outra de 6 anos. Ela afirma que não tem com quem deixar o filho mais velho no período da manhã. “Não tenho condições de ficar com ele durante o período da manhã. Eu trabalho e não tenho com quem deixá-lo. Também não posso levá-lo comigo. Então, preciso encontrar um local seguro, como uma colônia de férias ou escola que funcione durante esse período”, afirma.
Jan também destaca as dificuldades financeiras:
“Já pensei em um centro educacional, mas teríamos que ver a condição financeira, porque nem sempre temos condição de colocar a criança, pois o valor acaba sendo alto”. A realidade é desafiadora para quem não tem rede de apoio e não dispõe de recursos para pagar uma babá ou investir em uma colônia de férias.

Aquiles Araújo, filho de Jan Dwan – Foto: Arquivo pessoal/Jan Dwan
Franciele Silva, também é mãe de uma criança em idade escolar, e aponta a falta de confiança como outro desafio:
“Na escola, meu filho já está acostumado com os cuidadores e os colegas. Encontrar alguém de confiança fora desse ambiente é um dos maiores desafios”, comenta.
Franciele relata que tem uma rede de apoio familiar, o que facilita sua rotina, ela conta com a ajuda de irmãs e tias. Mas, reconhece que o centro educacional pode ser uma alternativa para aqueles que necessitam trabalhar neste período.

Gerlison Silva, filho de Franciele Silva – Foto: Arquivo pessoal/Franciele Silva
Colônia de férias como rede de apoio
Em Boa Vista, centros educacionais investem no funcionamento durante o mês de julho para apoiar os pais quem enfrentam essas dificuldades. Um exemplo é o Centro Educacional Dry.Ka, criado por duas mães que passaram por situações semelhantes.
Nayara Nakai, uma das fundadoras do espaço recreativo, destaca a importância de um lugar seguro:
“A segurança vem em primeiro lugar. Todos os nossos funcionários, desde a equipe de limpeza até as cuidadoras e professoras, são capacitados. Todos têm curso de primeiros socorros, são treinados na alimentação infantil, corte adequado dos alimentos, e seguimos um cardápio equilibrado. Isso dá mais tranquilidade aos pais.”
O espaço também oferece contraturno escolar, ideal para quem trabalha em horário comercial. “No contraturno, as crianças entram no mesmo horário da escola, tomam café, participam de atividades recreativas, fazem lanches e almoçam aqui. Tudo é planejado para ajudar os pais”, explica Nakai.
A estrutura inclui salas de aula, refeitório, banheiros adaptados e área recreativa,

Momento recreativo no centro educacional Dry.Ka - Foto: Arquivo/pessoal Dry Gomes
Por que escolher uma colônia de férias?
Horário flexível: atendimento das 7h às 18h;
Alimentação balanceada;
Ambiente higiênico e seguro;
Equipe capacitada;
Reuniões escolares: ocorrem à noite ou finais de semana para facilitar a participação de todos os pais.

Área Recreativa do Centro Educacional – Foto: Arquivo/pessoal Dry Gomes



Comentários