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CAPITAL RORAIMENSE SOFRE COM A SUPERLOTAÇÃO E ATRASOS DE ÔNIBUS

Por: Mikaelle Buff e Victória Araújo


Todos os dias centenas de pessoas utilizam do transporte público em todo o país, mesmo com a queda do uso nos últimos sete anos


Na capital roraimense, o fluxo de ônibus é contínuo no decorrer do dia, mas de acordo com relatos de passageiros, o serviço prestado pela prefeitura de Roraima, por intermédio da EMURH (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional) sofre com problemas que afetam muito o cotidiano, como a superlotação de alguns trechos e atrasos. 


A estudante Luciana Aquino, do curso de Administração na Universidade Estadual de Roraima (UERR), relata sua vivência diária da utilização deste transporte.


Relato De Uma Estudante Que Utiliza O Serviço De Ônibus. Gravação: Mikaelle Buff

Hoje a cidade conta com cerca de oitenta ônibus que circulam em dezessete linhas. Mas apesar destes números, populares afirmam que a quantidade não é suficiente nos horários de maior movimento. Além da superlotação, muitos passageiros relatam que os atrasos são frequentes, uma questão que dificulta a rotina de quem depende do transporte público para chegar ao trabalho, escola ou outros compromissos, principalmente em momentos no início do dia, ou ao seu fim.


A situação acaba se tornando um problema até para quem não é passageiro. Motorista de um dos horários da linha 215 - Nova Cidade, Wanderson Jesus, declarou já ter passado por várias situações de lotação do veículo que é responsável, e que isso acarreta em atrasos.


“Geralmente é mais estressante, levo mais tempo pra embarcar e desembarcar, acabo atrasando bastante”, contou o motorista. 


Apesar desse relato, o motorista destacou com sinceridade que o estresse maior fica com os usuários do serviço, já que ele segue sua rota normalmente em meio a essas situações.


“Não é tão desagradável para mim, é mais para o passageiro que tem que ficar espremido dentro do ônibus. Eu sigo minha viagem normalmente, como de costume”, disse Wanderson Jesus.


Uma parcela significativa das reclamações relacionadas ao excesso de passageiros se refere à linha 215, que tem como rota e destino final o bairro Pérola, na periferia de Boa Vista. A linha opera todos os dias com redução de ônibus aos finais de semanas iniciando a viagem na Avenida Pérola e encerrando a viagem no Terminal Central, no Centro de Boa Vista.


Durante a noite, estudantes relatam que há dificuldade em utilizar o transporte público a partir das 21h30, horário em que o fluxo de passageiros aumenta ocasionando a superlotação, a universitária Manoela Souza diz que o problema já é antigo e quem vem convivendo com essa dificuldade a muitos anos.


“Desde 2015 eu já comecei a ter essa experiência de superlotação, ter que ficar em pé e espremida no ônibus”, comentou a universitária.


De acordo com Manoela o ônibus 215 sempre está lotado nos horários de pico e por isso ela vê como necessário a inserção de mais ônibus nessa rota.


 “Passa um e depois de duas horas passa o outro e vai acumulando as pessoas, entendeu? E assim, eu acredito que ter mais uma certa quantidade de ônibus em determinados horários, é importante”, relatou Manoela Souza. 


Fila Em Espera Do Ônibus 215 - Imagem: Mikaelle Buff
Fila Em Espera Do Ônibus 215 - Imagem: Mikaelle Buff

A trabalhadora Aysha Maia, costuma pegar dois ônibus até chegar em seu trabalho, a linha 252 pelo é uma das que no período da manhã também tem uma superlotação principalmente por estudantes. Ela ainda relata como sofre com a superlotação chegando tarde em casa e até mesmo chegando atrasada no trabalho.


Relato Do Impacto Que Causa Na Vida Da Trabalhadora / Gravação: Mikaelle Buff

Ela ainda finaliza com o que ela acha que poderia ser melhorado na rota e no transporte.


“Os ônibus da noite devia ter uma rotatividade maior, deveria ser mais frequente também o horário que eles passam, e eu acho que os ônibus climatizados devem ter pelo menos a opção de abrir a janela em casos de superlotação e o ar condicionado não suprir a necessidade daquele momento”, disse Aysha Maia.


Até o fechamento dessa matéria a EMHUR (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional) não retornou os contatos feitos pela reportagem para esclarecer os relatos de superlotação e atrasos no transporte público.







 
 
 

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