Bicicletas Elétricas: Riscos e Precauções para uma condução Segura
- ranioralmeida
- 29 de jul.
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Em Boa Vista, o aumento do uso de bicicletas elétricas tem trazido benefícios para a mobilidade urbana, mas também tem levantado preocupações sobre a segurança dos ciclistas.
Por: Keissy Julienne e Kayla Costa

A bicicleta elétrica é um meio de transporte sustentável e eficiente que está ganhando popularidade em todo o mundo. Com a capacidade de auxiliar o pedalar, ela oferece uma opção para quem busca reduzir o impacto ambiental e melhorar a saúde.
Além disso, a bicicleta elétrica é uma excelente alternativa para curtas distâncias, proporcionando uma experiência de condução suave e agradável. Com tecnologia avançada e designs inovadores, as bicicletas elétricas estão se tornando uma escolha cada vez mais popular entre os usuários que buscam praticidade e sustentabilidade.
Sônia Maria Brito de Sousa, aposentada de 65 anos, anda de bicicleta elétricas comprada há 13 anos atrás, em 2012. Ela utiliza este meio de transporte com segurança para evitar possíveis acidentes.
“Estou muitos anos com ela e nunca sofri um acidente, só não podemos andar de qualquer jeito, tem que ser com segurança. Precisa prestar atenção e é um transporte seguro. Eu ando nela direto e graças a Deus nunca aconteceu nada, nem vai acontecer”, relata, Sônia Brito.

O Departamento Estadual de Trânsito de Roraima informa que o estado registrou 24 acidentes de trânsito envolvendo bicicletas elétricas no ano de 2024 e 12 ocorrências com esse tipo de veículo no primeiro quadrimestre de 2025.
Quanto à regulamentação sobre o uso de bicicletas elétricas, é importante esclarecer que esse tipo de transporte deve possuir motor com potência de até 1.000 watts, acionado apenas quando o condutor pedala, por meio do sistema conhecido como pedal assistido, ou seja, sem acelerador. A velocidade máxima de fabricação não deve ultrapassar 32 km/h.
“O DETRAN trabalha em parcerias com instituições de segurança viária para que esses números de sinistros de trânsito reduzam no estado, e para isso eles fazem fiscalizações, e também fazem campanhas de educação, que é para conscientizar os motoristas, seja os condutores de bicicletas elétricas, motociclistas ou motoristas, e até pedestres, a seguir as leis de trânsito, andarem conforme preza a legislação de trânsito”, explica Gueres Mesquita, diretor de segurança de trânsito do DETRAN/RR.

Embora o Maio Amarelo tenha passado, a conscientização sobre a segurança no trânsito continua sendo um tema importante. No contexto das bicicletas elétricas, é fundamental lembrar que a segurança dos ciclistas é uma prioridade.
Com o aumento do uso dessas bicicletas, é essencial que os motoristas e ciclistas estejam atentos e respeitem as regras de trânsito. A campanha Maio Amarelo nos lembra da importância de sermos conscientes e responsáveis no trânsito, e isso se aplica também ao uso de bicicletas elétricas.

O DETRAN realiza campanhas educativas ao longo do ano. Além disso, a Semana Nacional de Trânsito, que ocorre em setembro, também é um período de intensificação das ações educativas. No entanto, o órgão não se limita a essas datas pontuais e desenvolve campanhas educativas contínuas para diferentes grupos, incluindo pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores de carros. Essa abordagem visa promover a segurança no trânsito e conscientizar os usuários sobre a importância de respeitar as regras e normas de trânsito.
Maria das Dores Araújo de Lima Azevedo, aposentada de 62 anos, resolveu investir em uma bicicleta elétrica há dois meses. Segundo ela, andar em bicicleta elétrica não é seguro, mas uma necessidade. Apesar de não exigir ainda o uso de capacete, Maria das Dores já é consciente deste equipamento de segurança.
“Eu ando com muito cuidado porque todo cuidado é pouco. Pois, não temos capacete, mas é necessário ter. Já ouvi falar que a DETRAN vai providenciar a placa, então isso é importante e necessário para o cuidado de todos”, destaca Maria das Dores.

O mercado de bicicletas elétricas no Brasil experimentou um crescimento notável nos últimos anos. De acordo com a Aliança Bike, o número de bicicletas elétricas produzidas ou importadas saltou de cerca de 7.600 unidades em 2016 para uma frota estimada de 230 mil unidades em circulação atualmente. Projeções da associação indicam que o país deve alcançar a marca de 300 mil e-bikes em circulação até o início de 2025.

Esses veículos podem circular em ciclovias, desde que respeitados os limites de velocidade estabelecidos. Vale destacar que as bicicletas elétricas não exigem emplacamento nem habilitação por parte do condutor. No entanto, é obrigatório o uso de equipamentos de segurança, como campainha, sinalização noturna e indicador de velocidade.



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